Memória

Jacinto Azevedo, JM Soares-Fortunato, Amândio Rocha-Sousa

A presente dissertação pretende rever os vários tipos de memória, a sua formação, o seu substracto neuroanatómico, celular e molecular. A discussão em torno da memória é vasta. Esta pode ser definida como a função que permite ao organismo codificar, armazenar e recordar informação vinda do meio e que lhe é potencialmente útil. Falar de memória é, neste trabalho, falar de cognição, na medida em que a memória subjaz ao pensamento nas suas mais elevadas orquestrações. Porém, a memória tem origens longínquas no tempo, não se retendo somente à cognição como hoje a tentamos entender. O modo como o "input" sensorial é codificado desde circuitos reverberantes até representações neurais é ainda em grande parte desconhecido. Sugere-se a existência de proteínas cujas diferentes formas conformacionais tenham a capacidade de armazenar informação, sendo da interacção entre estas e a restante estrutura neural que "nascem" as memórias. Múltiplos factores neuronais e hormonais intervém na formação desta capacidade.

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