Volume 5 - Nº 2
- Editorial
- Brief supportive-expressive psychotherapy in a systemic lupus erythematosus (sle): changing themes and psychological distress
- Risco psiquiátrico na puberdade adiantada
- Da perturbação obsessivo- -compulsiva às distonias primárias: mecanismos neurobiológicos comuns?
- Estimativa do número de toxicodependentes utilizadores de via endovenosa no distrito do porto a partir do método “back-calculation
- Memória
- A psicologia na área da oncologia. Avaliação dos níveis de depressão e ansiedade em doentes com patologia colo-rectal maligna
- Vasopressina – papel nos comportamentos, aprendizagem e memória
- Voando sobre um centro de saúde… reflexões sobre a articulação entre a psiquiatria e os cuidados primários de saúde
- Percepção
- A expressão da hostilidade e factores comportamentais associados à doença cardíaca coronária
- Papel das hormonas tireoideias no desenvolvimento intelectual
- Sono rem e ontogénese
- Placebo – compreender a cura pelo nada
- Sete notas sobre a cura pelo nada
- Publicações recebidas na redacção
- Reuniões científicas calendário
A expressão da hostilidade e factores comportamentais associados à doença cardíaca coronária
Manuela Coelho, M. Céu Gomes
O presente estudo baseia-se nas evidências empíricas que denunciam o traço de hostilidade como o principal factor de risco implicado no padrão comportamental tipo A, previamente aceite como predisponente à doença cardíaca coronária (DCC). Coloca-se a hipótese do efeito patogénico residir numa forma desadequada de expressão emocional que inclui a repressão ou manifestação exacerbada de sentimentos hostis. Além disso, de acordo com a investigação prévia, supõe-se que os factores comportamentais constituem elementos mediadores na relação entre a hostilidade e a morbilidade cardiovascular. Foram administrados instrumentos para avaliação simultânea do padrão comportamental tipo A e das várias dimensões de hostilidade (escalas do MMPI: Tipo A, Inibição da Agressividade, Anger e Cinismo; Ax Scale de Spielberger), bem como um inventário de factores comportamentais e índices fisiológicos a uma população constituída por 60 sujeitos (30 elementos do grupo experimental e 30 do grupo controlo), de ambos os sexos. A análise dos resultados demonstra a viabilidade da hipótese, pois verifica- se uma relação positiva e significativa entre as formas extremas de expressão da hostilidade e a DCC, concretamente nas dimensões de Anger, Cinismo e Anger-In; a escala do Tipo A, por outro lado, não permite distinguir o grupo de doentes coronários relativamente ao grupo controlo. Constatou-se ainda a influência do traço de Anger sobre os factores comportamentais de risco na DCC.
