Volume 5 - Nº 1
- Editorial
- Stresse, equilíbrio e bem-estar na perspectiva do sucesso
- Dopamina e receptores
- A pele transparente: do estado limite ao limite soma/psique
- Contribuição para o estudo de adaptação do questionário de saúde geral de 28 itens (general health questionnaire – ghq28)
- Escala multidimensional de perfeccionismo: adaptação à população portuguesa
- Transição e adaptação académica dos estudantes à escola de enfermagem
- Desenvolvimento dos mecanismos dopaminérgicos cerebrais: a influência da cocaína
- Escala de exaustão vital: estudo de adaptação da "maastricht interview for vital exhaustion" à população portuguesa
- Síntese integrativa dos aspectos centrais da perspectiva teórica de sidney blatt sobre o desenvolvimento da personalidade e sobre a psicopatologia
- Dermatose neuropsicogénica caso clínico
- Estudo de adaptação da escala de qualidade de vida do familiar/cuidador do doente oncológico (cqolc)
- “nunca a minha cabeça esteve tão longe do meu corpo ...” a propósito de um caso de perturbação de identidade de género
- Sistemas em endocrinologia
- Depressão em p-l: aspectos ligados às doenças genéticas de início tardio
- Publicações recebidas na redacção
- Reuniões científicas calendário
Escala de exaustão vital: estudo de adaptação da "maastricht interview for vital exhaustion" à população portuguesa
Teresa Ferreira, José Pais Ribeiro, Manuel D. de Meira S. Guerreiro
Foi nosso objectivo adaptar "The Maastricht Interview for Vital Exhaustion" para uma escala de avaliação da Exaustão Vital na população portuguesa. Participaram no estudo 377 pessoas: 145 elementos da população em geral e 232 pessoas com Doença das Artérias Coronárias.
Foi desenvolvido um questionário a partir da tradução e adaptação da "Maastricht Interview for Vital Exhaustion", com respostas numa escala de concordância de 7 pontos.
A escala mede a exaustão vital e suas características – diminuição de energia, sentimentos de desmoralização e aumento da irritabilidade, com valores de consistência interna variando entre 0,80 e 0,94, e com valores de 0,93 e 0,96 para a escala global. A exaustão vital avaliada pela escala é explicada, nas amostras estudadas, pela ocorrência de fadiga não habitual e perda de energia em mais de 90%, por sentimentos de desmoralização e aumento da irritabilidade, entre 47% e 77%, apresentando os itens da escala fraco poder discriminativo destas características. A exaustão vital apresentou forte associação com a ansiedade e depressão avaliada pela “Hospital Anxiety and Depression Scale”. A Escala de Exaustão Vital discriminou a população doente da não doente. A escala é válida para avaliar a exaustão vital, não dispensando porém estudos posteriores neste âmbito.
