Maria do Rosário Dias, Ana Cristina Costa, Paula Manuel, Ana Cristina Neves, Manuel Geada, João Miranda Justo
O objectivo deste estudo é averiguar em que medida se modificam os comportamentos de saúde de estudantes de licenciaturas no âmbito das ciências da saúde, à medida que progridem no plano de estudos das suas licenciaturas e aumenta a sua informação sobre promoção da saúde e prevenção da doença. A amostra estudada foi extraída da população constituída pelos estudantes das licenciaturas em ciências da saúde (I - Medicina Dentária, II - Engenharia Alimentar e Nutrição, III - Educação Física, Saúde e Desporto e, IV - Ciências Farmacêuticas) do Instituto Superior de Ciências da Saúde – Sul. Foi utilizado o questionário "Health and Behaviour Survey", sobre comportamentos de saúde, crenças de saúde e conhecimentos de saúde. A ausência de diferenças significativas entre os comportamentos registados em alunos que frequentam os 1º, 2º, 3º e 4º anos, leva-nos a questionar o processo de transmissão dos conteúdos de saúde face à resistência à mudança protagonizada pelos sujeitos envolvidos, bem como o possível impacto da informação que os sujeitos recebem, na aquisição de comportamentos salutogénicos. Os autores consideram, todavia, que a educação para a saúde não é uma aprendizagem que possa ser imposta, nem se esgota numa mera aquisição de conhecimentos, pelo que defendem a ideia de que o futuro da aprendizagem das ciências da saúde não poderá desenvolver-se sem que, em paralelo com os planos curriculares, sejam criados "programas activos" de promoção e educação para a saúde.